sábado, 27 de março de 2010

Micro marsupial vive nas margens do Água Branca na APA-Tarumã

 Arquivo Jó Farah (79)
A Mucurinha  mostrada aqui no blog. É um animal quase invisível. De hábitos noturnos, vê-la durante o dia é praticamente impossível. Os filhotes quando nascem ficam agarrados ao corpo da mãe, até desmamar. Encontramos a mãe dessa ninhada morta, dentro de um pau-ôco. Os filhotes ainda vivos agarrados ao seu corpo. Estavam famintos. Era um domingo e ficamos sem saber o que fazer. Para onde levar os bichinhos. Resolvemos alimentar com leite para lactantes. Deu certo. Eles lamberam um pouquinho e depois colocamos num cestinho dentro de uma caixa de sapato, com furos para ventilar.









 
Alimentamos mais vezes durante o dia, até que a primeira morreu e mais ou menos 6 horas depois as outras também não suportaram a perda da mãe e morreram também. Foi uma tristeza geral! Mas nos conformamos pois seria mesmo quase impossível mante-las vivas sem a mãe, afinal elas ficam presas nas mamas o tempo todo e comem o tempo todo na hora e quantidade certa.

A imagem feita de celular não é boa, mas dá prá perceber a beleza e fragilidade de mais um micro morador da APA-Tarumã. São dispersores de sementes fundamentais para manter os ciclos ecológicos em plena atividade. Árvore da fruto, animal come, defeca as sementes adubadas que vão nascer longe da árvore mãe e a floresta se expande. Quando um trator vai abrir uma nova frente para instalar um condomínio, o maquinista não sai para ver se a mata que está sendo derrubada tem micro animais vivendo ali. Desenvolvimento assim vale a pena?

terça-feira, 23 de março de 2010

Buritizeiros e Bacabeiras no Dia da Água

peixe frito Foi muito legal! Primeiro arrumar o fogo, depois tratar o peixe e colocar prá assar. Às 11 horas já tinha peixe pronto e as crianças comeram logo. Depois a turma do plantio de mudas, mandou ver. Tambaquizinho com matrinxã bem gordinha. Na sequência chegou mais gente (principalmente moradores vizinhos) e não deu tempo prá “enfiada” de Aracú e Traíra.peixada      

Depois do almoço reforçado, vizinhos e seguidores do blog caíram em campo para realizar o plantio de mudas combinado. Primeiro 40 mudas de Bacaba plantadas ao lado da nossa futura escolinha. As senhoras e crianças colocaram a mão na terra e saíram felizes com a homenagem ao Dia da Água.              buritiA segunda fase do evento ficou por conta dos jovens. caminhamos cerca de três quilômetros pela margem, até o local onde uma “Vossoroca” enorme está desfigurando o Água Branca. Plantamos Buritizeiros no Igapó seco e nos charcos de nascentes. Ao todo foram 44 árvores que daqui a 20 anos vão ser jovens adultas. buriti2 A área escolhida fica próxima da foz do igarapé Água Branca, no entorno do Novo Corredor Ecológico das Cachoeiras Alta e Baixa do Tarumã. Área protegida que está abandonada e desfigurada, mas que pode abrigar um projeto de revitalização e um belíssimo Parque Temático aberto para a cidade conhecer e ajudar a conservar este ecossistema fundamental para a qualidade de vida em nossa cidade.

Escolinha Ambiental vem Aí…

   Neste espaço crianças e jovens vão conhecer melhor o Tarumã. A trilha do Igarapé Água Branca vai ser sala de aula e matéria de estudo ao mesmo tempo.       500

Rua Caravelle n° 22-B, Tarumã-Am. Este é o endereço da futura escolinha ambiental da Ong Mata Viva. Esta não é uma escola convencional. Aqui estamos construindo um Conceito Educional, uma nova abordagem de ensino, onde o teórico vai ser mostrado na prática.                                          525 Duas vezes por semana, queremos receber alunos da Rede Pública e Privada para uma caminhada na trilha do Igarapé Água Branca. Vivenciar a natureza é o modo mais rápido de incorparar no aluno um sentimento real da necessidade de preservação do meio ambiente.

499 Tudo está sendo feito com recursos próprios e quando estiver concluída a escolinha vai ter computadores conectados à Internet, onde os alunos vão publicar suas experiências. Estamos buscando parcerias e muita coisa boa tem surgido.

A Mata Viva acredita que todos têm que fazer sua parte. Não adianta ficar só cobrando e criticando o sistema. Se cada um fizer um pouco, construiremos uma grande obra. Nós já estamos trabalhando no alicerce.

Árvore do Tarumã produz resina misteriosa resistente a calor

503                                                                                                                             É simplesmente incrível! Uma árvore desconhecida da APA-Tarumã, produz uma resina que não pega fogo. A descoberta foi feita por acaso pelo jornalista Jó Farah que achou estranha a quantidade de resina produzida por uma árvore na margem do Igarapé Água Branca.

501Curioso, ele passou a testar as propiriedades físicas da resina. Primeiro viu que era insolúvel em água. Depois pegou um isqueiro e queimou a resina durante 1 minuto. Além de não entrar em combustão a resina também não conduzia calor, pois é era possível segurar com mãos limpas todo o material, imediatamente após a queima.                                                                   504 A árvore está viva e ainda produz muita resina. Não sabemos nada sobre a classificação da árvore e nem sobre as propriedades da resina. Este é apenas mais um dos tesouros do Tarumã que podem se perder, sem nem mesmo serem conhecidos. Quando nossas florestas e igarapés desaparecem de uma hora para outra, tesouros escondidos vão junto. A resina anti-fogo é apenas a ponta  de um icyberg. No fundo, ainda continua escondido o mais precioso: Aquilo que o homem não conhece. Que pena!

sábado, 13 de março de 2010

Sobrenatural ou Trote da floresta?

 

             Arquivo Jó Farah (84)

O que será isso? (canto direito da foto) Seguidores foram desafiados e respostas começaram a surgir. Um Ser encantado da floresta, um ET, um truque fotográfico, uma produção combinada de luz e contrastes.

Todas as opções podem ser verdadeiras e falsas. o fato é que a foto foi feita ao acaso. Pensando que a máquina estava desligada apertei no botão sem querer e o que saiu foi isso aí. Gostei e não apaguei. Agora divido minha obra do acaso com todos. O careca orelhudo parece que tá sentado num trono. Detives virtuais mão à obra!

Chove pouco: Abelhas trabalham mais

 

A confusão climática que assola o planeta, confunde também os animais. Nessa época do ano as Abelhas melíponas do Tarumã praticamente desapareciam das margens do Igarapé Água Branca. Com quase nada de chuva, elas estão trabalhando como nunca.

12nov09trilhaigarape033 Nas barreiras das margens as Jandaíras ( merrilae) e Juparás(compressipes manaosensis), coletam sua carga de barro nas patinhas e voam para os ninhos, onde fazem reparos na construção e esterelização do ambiente interno, transformando barro comum em geoprópole altamente, medicinal com propriedade antibiótica.

12nov09trilhaigarape037 Outro diferencial proporcionado pelo clima perturbado é verificado na florada de árvores. Os períodos maiores de Sol dão aos insetos polinizadores (melíponas são as principais) grande variedade de flores e mais tempo para voar atrás de alimento. Com chuva forte, tanto a florada como o tempo de vôo dos insetos diminue substancialmente. Tudo na natureza envolve perdas e ganhos. Produção de mel e frutos em alta. Nível das águas e nascentes: Crítico.

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terça-feira, 9 de março de 2010

No dia internacional da mulher: Flores

 

O blog quer festejar com muitas flores e cores o dia Internacional da mulher. Para nossas seguidoras o que existe de mais bonito e raro nas margens do Igarapé Água Branca. PARABÉNS!

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Nesse poema colorido nossa homenagem singela a todas as mulheres que fazem nossa vida mais feliz! Paz, Harmonia e Amor!                                                            

sexta-feira, 5 de março de 2010

Canoata no Igarapé da Cachoeira Alta

 

             Arquivo Jó Farah (109)         

Em 2007 realizamos uma expedição incrível saindo debaixo da Cachoeira Alta da APA-Tarumã, até o Igapó do Tarumãzinho e depois e m direção à Cachoeira Baixa. Foi muito incrível! O lugar ainda era uma paisagem de rara beleza natural.

Estamos nos preparando para reeditar a aventura, quase cinco anos depois. O que vamos encontrar? Voces vão ficar sabendo. Por  enquanto curtam as fotos desse monumento ecológico, paisagístico, histórico, místico e ameaçadíssimo. 

Cachoeiras do Tarumã    Recentemente  a Prefeitura criou o corredor ecológico com mais de 30.000 metros de extensão abrangendo as duas cachoeiras. Agora esperamos ações de fato, pois no papel elas sempre foram protegidas por Lei e ao mesmo tempo absurdamente abandonadas. A foto acima é recente. Foi publicada pela SEMCOM e mostra bem o fio de água que resta. Antes a queda d’água ocupava quase toda a lage e agora… Com a criação corredor, surge uma esperança de recuperação e conservação.   

Tá passando da hora de Manaus se voltar de fato para seus fragmentos de floresta, entre-cortados por dezenas de  pequenos igarapés que estão desaperecendo. Igarapés como o que abastece a Cachoeira Alta, que já perdeu mais de 80% do volume original de água. Porque? assoreamento da nascente, agravado pelas invasões ao longo das margens. Mas a culpa não é de quem invadiu. É de quem permitiu a invasão de área que sempre foi Protegida por Lei.                      

        florestaruma83Enquanto isso Igarapé Água Branca continua desaguando e ajudando a oxigenar o igarapé poluído que abastece a Cachoeira Alta da APA-Tarumã. Se quisermos despoluir de verdade, então precisamos do Água Branca Vivo!     

quarta-feira, 3 de março de 2010

Igarapé Água Branca em dois momentos

 

                                              florestaruma81

Chuvas fortes de inverno fazem nível, a coloração e a velocidade da água, mudarem rapidamente no igarapé Água Branca. O nível normal nas partes mais profundas atinge no máximo 2 metros e meio de profundidade. A velocidade da água nos dias normais não passa de uma leve correnteza. A água é sempre muito clara, transparente mesmo, nos dias sem chuva.

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O cenário muda completamente quando chove. A velocidade da correnteza pode arrastar até grandes troncos de árvore. A água fica barrenta, parecendo uma lama amarelada e a profundidade pode passar fácil dos quatro metros. O Tranquilo Água Branca fica perigoso, veloz e desfigurado.

                                                                                                                                                                                                           Porque isso acontece?

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Nós não sabemos, mas desconfiamos que tudo começa nas cabeceiras que embora estejam “protegidas” recebem enorme quantidade de água canalizada pela Avenida do Turismo, nas proximidades do Condomínio Mediterrâneo.

satelite aeroporto Áreas recentemente abertas nas proximidades do citado condomínio também podem estar contribuindo arrastando barro para o leito do Água Branca. Estamos iniciando um monitoramento mais profundo e vamos publicar fotos dos dois lagos que formam Igapós nas nascentes.