Essa semana recebemos os relatórios finais dos projetos desenvolvidos no Centro Regional de Manaus (CR-MN) do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Foi realizada a análise ambiental do igarapé Água Branca (2014/2015) por meio de ferramentas de geotecnologias e também a análise sobre a alteração da paisagem na microbacia do igarapé (2015/2016).
Desenvolvidos pela bolsista Randielly Barbosa Soares, sob a orientação do Dr. Carlos Benedito da Silva e Dra. Solange dos Santos Costa com o intuito de realizar o mapeamento das Áreas de Preservação Permanente da microbacia assim como mensuração do nível de degradação causados pelas ações antrópicas.
Este belíssimo trabalho nos traz detalhes sobre a geologia, geomorfologia, solo, vegetação e uso e ocupação do solo em um período de trinta anos.
Os resultados das análises dos dados mostraram que as áreas impactadas pela ação do homem foram de 31.48% ao longo dos trinta anos, um total de 183.83 hectares de floresta desmatado e que os elementos componentes da microbacia que necessitam de cuidados urgentes são os cursos dágua, a mata ciliar e o solo.
Em breve publicaremos a pesquisa na íntegra para que todos possam ter acesso às informações.
O próximo projeto que deverá ter início ainda em setembro, será sobre a hidrologia do Água Branca com a 'Instalação e operação de estações hidrométricas para monitoramento hidrológico da microbacia do igarapé Água Branca', desenvolvido pelo bolsista Vinícius dos Santos (IFAM), sob a orientação do Dr. Carlos Benedito Santana (SENSIPAM) e Dr. Laerte Melo Barros (IFAM).
Desde já queremos agradecer por contemplarem a área do igarapé para a realização desse estudo e parabenizar a equipe muito competente por magnífico trabalho! Com certeza bons frutos virão.
2 comentários:
Muito bom!
Parabéns pelo texto e riqueza de informações sobre a luta de uma comunidade para salvar da destruição cada vez mais ameaçadora. O nível da água do igarapé Água Branca nunca esteve tão baixo nestes últimos vinte anos que acompanhamos de perto na condição de moradores de suas margens. Este trabalho que não vai morrer nunca porque é feito por várias mãos, várias cabeças, todas focadas e comprometidas com o texto verdade e a foto real. Nada que é publicado aqui tem outra finalidade senão mostrar a verdade sem véus. Quem destrói e denunciado e quem não faz nada também é citado como cúmplice.
Mais uma vez parabéns aos ativistas que nos ajudam a manter viva e real essa história contada online e portanto, possível de ser verificada por qualquer um que se interesse ou duvide do que publicamos aqui. Agora com apoio decidido e comprometido sem politicagem das instituições públicas que visam apenas a conservação e proteção permanente destas áreas cada vez mais raras em nossa Manaus de pedra e asfalto, vemos um futuro melhor para nosso igarapezinho que só quer continuar sendo frequentado por animais que precisam dele vivo e pessoas comprometidas de verdade com sua proteção permanente.
Me sinto orgulhosa do trabalho que fiz nesse dois anos de pesquisa, não foi fácil no primeiro ano em alguns momentos estava sozinha e não sabia como fazer mas a certeza de que devia fazer o meu melhor para ajudar. Infelizmente não pude estar aí nessa entrega dos documentos pelos quais passei noites em claro e pelo qual me dediquei com muito penhor. Agradeço a oportunidade concedida pelo Sipam e por todos que fizeram parte dessa equipe de pesquisa. E é muito bom saber que terá uma continuidade!!
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