sexta-feira, 18 de maio de 2012

#Enchente record no #Amazonas e o #Igarapé Água Branca


A enchente deste ano no Amazonas, bateu todos os recordes. O que antes era considerado inusitado (nível das águas atingindo 30 metros acima do nível do mar), agora  parece que vai fazer parte da nova realidade ambiental em Manaus.  Em 1953 a enchente foi enorme. Alagou toda a frente da cidade. Em 2009 o fenômeno se repetiu e agora em 2012 se consolidou com record absoluto. O Rio Negro já ultrapassou a marca dos 29,80 e com certeza vai passar dos 30 metros antes do final de junho, época do início das vazantes.    


Na Bacia da Apa-Tarumã, o cáos já está instalado. Famílias que moram nas margens dom igarapé da Cachoeira Baixa já estão desabrigadas e milhares de residentes das comunidades do Tarumã-Açu e Mirim, também estão desalojadas. A cheia é tão intensa que o Igarapé Água Branca - que não está sob influência direta do Rio Negro - já apresenta nível das águas com alterações significativas, pois foi represado pelas águas do Igapó do Tarumã-Mirim.

Tudo muda neste contexto de cheia. No Água Branca novas espécies de peixe (bem maiores que os habitantes   fixos) estão aparecendo, bem como grande quantidade de serpentes que estão sendo expulsas das margens alagadas dos igarapés vizinhos. Antes para chegarmos no igapó do Tarumã Mirim, partindo de nossa casa, caminhávamos cerca de 40 minutos pelas margens do Água Branca. Agora em menos de 05 minutos chegamos ao grande igapó. A água avança por todos os lados.    

O que se pode esperar destas respostas tão imediatas da natureza, que parece reagir com todo seu poder aos impulsos destrutivos, descontrolados e equivocados do homem que cada vez mais investe sobre áreas que deveria permanecer intactas para se garantir um mínimo de conservação? É evidente o quadro de desequlíbrio.
Ninguém parece ousar dizer o que vem pela frente. O que nós sabemos é que a situação que já é ruim, vai piorar. Os igarapés que cortam a cidade e que foram invadidos desordenadamente sob o olhar conivente das autoridades, agora reclamam suas margens destruindo o que o homem construiu de forma despreocupada, irresponsável, muitas vezes criminosa e com reflexos que só agora estamos experimentando.

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