As florestas cada vez mais fragmentadas e ameaçadas do Tarumã, respondem à agressão humana com uma explosão de flores. Nas margens do Água Branca a florada nativa embeleza ainda mais nosso pequeno pedaço de paraíso. Milhares de animais que dependem destas floradas, surgem ao nascer do sol e até mesmo á noite para o banquete oferecido pelas árvores, arbustos e ervas rasteiras. De dia as abelhas melíponas, borboletas e pássaros sugam néctar e pólem das flores. À noite, morcegos e mariposas também fazem o mesmo e assim o ciclo de reprodução se completa com estes animais realizando a polinização e gerando frutos que vão germinar e formar uma nova geração de árvores nativas.
Quando igarapés e florestas desaparecem milhares de animais ficam sem alimento e vão embora. As poucas árvores que sobram ficam sem seus principais comensais e o ciclo de reprodução é interrompido drasticamente.
A destruição causada pelo avanço da cidade sobre os fragmentos de floresta já está atingindo animais sensíveis como os sauins-de-coleira que antes eram avistados em bandos ativos de até 28 animais. Agora, em nossos avistamentos, esse número não atinge nem dez sauins.
Será que nossa cidade não presa nem mesmo os seus símbolos. Afinal, um Decreto Municipal estabeceu que o Sauin-de-Coleira é símbolo da cidade de Manaus. Parece bem apropriado escolher um animal que está em vias de extinção e completamente abandonado para representar nossa cidade. Do jeito que vai o descaso, em breve seremos extintos do rol de cidades que preservam seus ecossistemas e a beleza paisagística de florestas nativas que mesmo sob pressão, ainda insistem em permanecer nos oferecendo o que de mais belo elas podem dar.
Um comentário:
vamos preservar o ecossistema Tarumã. Manaus precisa dessa área verde intacta. Paulo
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