domingo, 28 de fevereiro de 2010

Bastão do emperador – Emperor ‘s stick – baston del emperador – bastone del imperatore

 

Flores

só amor se encontra nestra floresta encantada, ate as pedras sao animadas.

You find just love in this enchanted forest, even rocks are animated.

 

Solo amor se encuentra en esta floresta encantada. Hasta las piedras son animadas

Soltanto amore si trova in questa floresta incantata. Perfino le pietre sono animate.

 

Flores

O que é isso?

What is this?

Que es esto?

Cos’é?

 

 

Flores

 

Anemona do mar?

Any sea food?

cibo marino?

seres del mar?

 

Flores

beh não é superman..

that’s not Superman..

non é superman…

No es superman..

 

 

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Do Uaicurapá ao Tupé: Viva os Sateré!

                                   

Arquivo Jó Farah (77)                                                                                                      O Joãozinho não via a hora de chegar.“Andou de voadeira”, mas sem enjoar! Saindo de Parintins, até o rio Uaicupará, já quase no Pará. E chegando lá, foi só festejar! Sem precisar falar, começou a brincar. Brincou, brincou… Até cansar. Aí foi comer ingá, prá depois sentar e ainda sem precisar falar, se abraçar prá eu fotografar e depois morrer de rir… os curumins gostavam de se “Olhar”.

Não é preciso ser índio prá gostar de quem ocupou primeiro nosso norte. Aqui viveram e desapareceram quase sem deixar vestígios, cerca de cinco milhões almas indígenas.

Eles sabiam ocupar sem destruir. Usar sem acabar. Construir sem desfigurar. Aos que ainda ousam ser índios no mundo dos “civilizados” resta apenas lembrar que eles ainda existem, bem aqui pertinho.          

                                                                                            Arquivo Jó Farah (83) Na Praia do Tupé tem Sateré-Mawé. O Tupé também é Tarumã. Os bichos que tem lá, tem aqui. O rio de lá é o mesmo daqui. As árvores e os frutos de lá, também “dão” aqui. Os índios de lá, querem a floresta em pé. Nós, “civilizados” daqui também queremos.

 

 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ocupação irregular: O drama urbano

O ineditismo da cena, revela uma realidade cada vez mais presente no meio urbano. A insensatez do homem moderno, embrutece a lógica, mas não as regras da natureza. Morar em áreas impróprias(beira de igarapés, encostasde barrancos, aterros,etc), significa correr constante risco de vida.

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Manaus vive este drama,acentuado com as constantes invasões de novas áreas de preservação. Só uma ação firme, constante,preventiva e coordenada pode colocar um fim em cenas como esta.

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O pior é que o telefone público usado pelo nosso personagem real, foi colocado ali por uma empresa, com a anuência do Poder Público. Isso, no mínimo oficializa o ato de cumplicidade e a “vista-grossa” do Estado Brasileiro no trato das questões ambientais.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Flores de casa. Flores da casa…

É tão bonito te ver Tarumã! De manhãzinha, florada e passarada. Que gritaria bonita! Que quadro tão bem pintado é este?

florestaruma03   Prá onde vais, Tarumã? Prá nossa memória perturbada pela morte de teus irmãos igarapés, que ousaram banhar Manaus, refrescando o calor dos ingratos?

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Que bonita é tua resposta: Flores, flores e mais flores. Frustos, frutinhas e sementes, que ainda alimentam teus moradores  de origem. Quanta gratidão ainda manifestas por quem te agride.

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A tua florada precisa ser conhecida pelo mundo. És tão generos  o, que abrigas estrangeiros e locais, assim: Juntos!

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Vais viver para sempre! Nem que seja só em imagens, miragens destas paragens. Te prometo que antes de desapareceres, vamos te mostrar para todo mundo que quiser ver!

16 feb 2010 Caminhada na floresta para monitorar o igarapé.

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Passando per un igapo seco.

 

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encontramos tanto lixo hoje que da vontade de chorar. Porque as pessoas nao tem esa consciencia de levar para as suas casas o lixo que trazem??

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

blog se destaca no Google

 

clique aqui para ampliar foto

Estamos muito felizes! Com apenas quatro meses de trabalho, já alcançamos posição de destaque no buscador google. Nossa matéria sobre os riscos eminentes de degradação da nascente do Água Branca com a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes em Manaus, aprece com destaque entre 943.000 acessos no buscador. Isso mostra que o tema é importante para muita gente, espalhada pelo mundo.

Se  na década de setenta, quando o Aeporto foi construído, as pedreiras de Igarapés e cachoeiras do Tarumã foram exploradas sem qualquer cuidado e nas escuras, agora vamos contar tudo sobre a obra de ampliação.

Vamos buscar contato com a Infraero e tentar uma parceria para publicar tudo sobre a obra, pois acreditamos que dessa vez os danos e erros do passado não serão repetidos, inclusive o de omissão da informação.

Nosso Igarapé da Água Branca, depende da intocabilidade de suas nascentes, localizadas na Área de Segurança Nacional do Eduardo Gomes. Se ele sobreviveu até hoje, porque não mantê-lo do jeito que está.

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Vida dífícil

Olá,eu sou a famosa preguiça! Também vivo na APA-Tarumã. Mas tá ficando cada vez mais difícil andar por aí, atrás do alimento de cada- dia. Olha só o sacrifício!

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Ufa! dessa vez deu prá passar. Um dia desses um amigo meu foi passar numa cerca dessas e ficou torrado! Seus olhos pularam para  fora. Na hora fiquei apavorado e só agora, que me lembrei disso, me dei conta que eu poderia ter morrido nessa aqui também. Que sorte!

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Vou aproveitar o dia bom e mandar… Pior que nem aqui no alto é seguro. Onde tem casa perto do mato, tem uns fios que se agente se agarrar neles, fica torrado que nem meu amigo da cerca… Mas tô seguro aqui e já vou tratando de andar rapidinho!…. rs,rs,rs,rs,rs    

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Jararaca ameaçada no Tarumã

Elas estão procurando lugares secos para se abrigar das chuvas e da cheia. São extremamente agressivas e confiantes na poderosa hemo-toxina que possuem como defesa. O encontro frente-a-frente com uma jararaca, ainda não é raro nas margens do Água Branca.

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Infelizmente estes animais - só atacam prá se alimentar ou se defender - causam pavor no inconsciente coletivo dos homens e sempre saem perdendo quando se encontram com os moradores da APA-TARUMÃ. Matar o bicho é quase uma certeza, afinal seu veneno pode matar, fazendo a vítima sangrar até pelos poros.

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Numa cidade como a nossa é quase brutal, sonhar com o manejo destes bichos que também são fundamentais para o equilíbrio ecológico dos pouquíssimos fragmentos de floresta do Tarumã. O homem avança sobre estes habitats e expulsa todo tipo de vida.

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Embora já tenha sido vítima de uma delas, como morador de margem  do Igarapé Água Branca, confesso que fico frustrado por não conseguir uma forma de estudar e proteger centenas de serpentes que ainda vivem aqui, incluindo sucuris enormes, surucucus-de-fogo, jibóias etc… Um dia estes seres vão ser respeitados, talvez ensinando nossas crianças a amar e compreender a natureza. 

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Abelhas melíponas trabalham duro para enfrentar inverno

Elas são fortes por natureza. aliás,são a razão da existência de toda a beleza natural de flôres e frutos nas florestas nativas. Afinal são as abelhas indígenas que polinizam milhares de flôres todos os dias em nossos fragmentos de floresta na APP-Tarumã. Sem elas as floradas não produziriam frutos e a floresta morreria.

Abelha Jandaíra
Mas elas estão aqui, aju dando os buritizeiros, os cacoeiros nativos, as ingás, as caramboleiras, os najás, as bacabeiras, os cedrinhos, os amapazeiros-nativos de nossa APP- a produzir uma carga recorde de flores e agora de frutos.

Mostramos em vídeo e fotos o trabalho destes animais da micro-fauna da APP, coletando barro na margem do Igarapé Água Branca, para calafetar suas colônias, impedindo que a chuva e o vento penetrem no interior dos ninhos.

abelha trigona

Minha gente! É preciso muita consciência e mudança de raciocínio para compreendermos que derrubando uma simples árvore, milhares de micro-animais simplesmente vão desaparecer. E no caso das abelhas indígenas, o desaparecimento significa também a  morte da floresta. O homem é tão distraído que não liga para nada que seja pequeno e com isso acaba causando grandes e muitas vezes irreversíveis impactos à cadeia simbiótica da vida. 

Vamos mudar este conceito! Já está passando da hora. Participe conosco da luta pela conservação do último Igarapé vivo e de seus fragmentos de florestas de entorno. Manaus vai sediar jogos da Copa do Mundo. Que tipo de meio ambiente vamos mostrar para nossos visitantes. Onde estão nossos parques? Onde estão nossas florestas conservadas próximas da cidade? A resposta é: Aqui na APP-Tarumã, a varanda da casa que chamamos Manaus.  

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Inverno aumenta nível da água no Igarapé

 florestaruma73 As fortes chuvas de janeiro e fevereiro, elevaram em quase 50 centímetros o nível do Igarapé Água Branca. Foi um grande alívio, afinal nosso Água Branca sofreu uma das piores estiagens em dez anos. dezenas de nascentes nas margens do igarapé, simplesmente secaram e só agora começam a se recuperar. Muitos peixes de porte pequeno e médio, também estão de volta e acreditamos que estão se dirigindo para as nascentes do Aeroporto buscando a reprodução.

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Também registramos enxurradas poderosas levando tudo pela frente. nestes momentos o nível do calmo Água Branca chega a subir dois metros. Achamos que nessas enchentes relâmpago muitos peixes grandes sobem a correnteza para alcançar a nascente, onde vários lagos proporcionam habitat ideal para reprodução.

satelite aeroporto 

É sempre importante lembrar que a água pura e oxigenada do igarapé é  lançada na foz da ameaçada e poluída Cachoeira Alta da APP-Tarumã- ver foto de satélite na matéria sobre ampliação do Aeroporto- e vai direto para os lagos do Tarumãzinho, contaminado por chorume do aterro municipal e esgotos das invasões. O Água Branca não cobra nada por este serviço ambiental fundamental para  Manaus, que coleta a água que abastece a cidade no Rio Negro, onde deságuam os lagos do Tarumã-Açú e  Tarumã-Mirim, atualmente muito poluídos. O Água Branca ajuda a limpar e oxigenar todos os dias o manancial de águas da APP-Tarumã e nós só queremos que este serviço continue. O Água Branca não vai morrer!     

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Micro-Beija- flor perde filhotes para temporal

Foi muito triste! Chegamos de mansinho no local do ninho da mamãe beija-flor, após dois dias seguidos de chuvas muito fortes no Tarumã. O silêncio dos bichos na mata, contrastava com o barulho das gotas de água que caiam das grandes árvores encharcadas. No ninho restava apenas uma pequena bolha d’agua, pouco maior que uma ervilha. Mamãe beija-flor não estava mais lá – talvez marinheira de primeira viagem- e os dois filhotes também não. Foi o fim de uma história que nem começou direito

Olhando mais de perto, notamos que a inclinação do ninho em relação ao solo estava bastante alterada. Achamos que ventania e chuva combinados, fizeram a folha – que ficava na parte mais externa da árvore – balançar muito e o ninho ficou molhado, aumentando seu peso, deslizando cada vez mais para baixo. Até, por assim dizer, “derramar” seus ocupantes para fora. A mamãe beija-flor escapou ilesa e os filhotes, podem ter caído no chão e com mais de seis dias de nascidos, pereceram.

Mas, foi mesmo a chuva e a ventania? Ou teria sido um predador especializado em escaladas quase impossíveis? Também poderia ter sido simplesmente a inexperiência em construções de um beija-flor, marinheiro de primeira viagem, que construiu sua primeira fortaleza no lugar errado. O fato é que este micro-habitante dos fragmentos de floresta da APP-Tarumã, nos mostrou como a vida é frágil nestas florestas que também lutam para se manter em pé.

Todos nós ficamos tristes quando perdemos algo que amamos. Dois de nossos micro-amados partiram, mas deixaram uma macro-missão: Continuar contando histórias do Igarapé Água Branca e de seus moradores. Um dia, quem sabe, contaremos de novo a mesma história com final feliz. Basta apenas que nossa tribo Manauara deixe viver, os últimos fragmentos de florestas.

No fim, ainda aprendemos um pouco mais sobre coisas aparentemente, boas e ruins. A praga mais temida pode não ser tão maléfica e até abrigar fortalezas, como o ninho do micro- beija-flor laranja, que usou a Vassoura-de-Bruxa, que ataca o cupuaçu, como matéria-prima principal na confecção de seu ninho.