sexta-feira, 16 de março de 2012

Chuvas trazem fartura para Apa-Tarumã.


Nessa época do ano a bicharada que habita as florestas no entorno do Igarapé Água Branca vive uma fase de grande fartura. Quase todas as árvore frutíferas nativas já estão carregadas de frutos. O cacauí, o cajuí e o cupuí já estão caindo e atraindo pacas, cutias, mucuras e até esquilos.
Os buritizeiros estão em plena carga oferecendo seu fruto saboroso e exótico aos papagaios, araçaris, tucanos, sauins-de-coleira, mucurinhas-xixica, japiins e centenas de outros animais.

A gurizada também não dispensa o saboroso buriti e fecha o cardápio comendo cupuaçu "in natura".
Toda essa fartura, tem data para acabar. Com o fim das chuvas a maioria destas fruteiras entra na entre-safra e alimento fica mais difícil.  É neste período também que as ninhadas aumentam, justamente por causa da fartura de alimentos. Conseguimos avistar o maior grupo de sauins-de-coleira desde 2008, quando era comum encontrarmos bandos com mais de 20 indivíduos. Semana passada avistamos um grupo com cerca de 15 animais e duas fêmeas carregando filhotes.

Estamos compartilhando com nossa cidade a grande festa da natureza que todos os dias nos é apresentada na Apa-Tarumã, que com certeza é o último refúgio urbano para estes animais que sobrevivem por conta própria, completamente órfãos da ação protetora dos órgãos ambientais. Infelizmente a caça indiscriminada e a derrubada consentida e ATÉ incentivada pela omissão no combate aos desmatamentos dos últimos fragmentos florestais da Apa-Taruma, AMEAÇA a sustentabilidade e a qualidade do nosso futuro ambiental. Plantar árvores pode ajudar, mas manter o que ainda está de pé é OBRIGATÓRIO e FUNDAMENTAL.

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