quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Belo, mas perigoso assassino!

273Quando descobrimos o exótico inseto que parecia uma alegoria de boi-bumbá, com cores fortes e movimentos “coreografados”, jamais imaginávamos que estávamos fazendo propaganda de um assassino de frutos e flores do maracujá. É uma espécie de percevejo que prolifera rapidamente e passa a sugar os frutos e flores, deixando-os cheios de “feridas” e e carunchados.

Nosso maracujazal é um experimento. Observamos o declínio dos pés de maracujá-do-mato em toda a área de florestas da APA-Tarumã. Milhares de frutos são colhidos para venda e o que ainda estava inacessível, vem sendo destruído por tratores que estão acabando com as últimas florestas. Aí o caos se instala na cadeia alimentar, pois o fruto serve de alimento para centenas de 256animais nativos.

Plantar maracujá foi uma alternativa que encontramos para oferecer alimento numa área protegida e de fácil acesso. Nosso objetivo principal é alimentar os Sauins-de-Coleira, ameaçados de extinção.

Começamos plantando maracujá comum e logo na primeira safra, no começo deste ano obtivemos uma produção muito boa, mas também registramos a presença do indiscreto assassino, que estava chegando para realizar um ataque devastador.

Agora em dezembro, deveríamos começar a colher os primeiros frutos da segunda safra, mas a infestação de percevejos acabou com nossas esperanças. Como nosso plantio é orgânico ( sem uso de agrotóxicos e pesticidas químicos) adotamos uma prática que ainda vai levar algum tempo para provar-se eficiente: Plantamos no mesmo “jirau” maracujá-do-mato e comum, pois acreditamos que juntos podem vencer o percevejo, uma vez que o maracujá-do-mato não é atacado pela praga voadora e fedorenta.

Estamos acompanhando o desenvolvimento de novas flores e frutos e observamos que temos aliados que podem ajudar a controlar a praga. Encontramos vários camaleões filhotes entre as folhagens do maracujazal.   crianças brincando 062                                                             Eles podem estar comendo os tais percevejos. Ainda não flagramos a cena, mas se for isso, será um reforço e tanto na nossa batalha limpa, contra um inimigo bem sujinho.  Muitos pássaros também gostam do “parreiral”. Já vimos Bicos-de-brasa, Japiins, Pipiras e sanhaçus. A guerra promete!

 

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

CAMPANHA PELO TOMBAMENTO DA CACHOEIRA ALTA DE TARUMÃ EM MANAUS ES_IT_EN


Agradecemos a tua colaboração, precisamos de muitas assinaturas para chegar ao nosso obietivo: Tombar a Cachoeira Alta, por favor agora faz o seguinte: (Para não sair da página clique (Ctrl) ao visitar o link)
- Firma a petição online: http://bit.ly/g2zxPf
-Unete a la causa em FB: http://bit.ly/gvLJRo
- Sigue-nos en Twitter: @SOSCachoeiraMao
e agora envia a todos teus amigos e contatos!

 We're excited to have you, and hope you'll get involved and spread awareness by inviting your friends to join. (to avoid lost this page click on Ctrl when visiting the link to open a new tab)
 steps to help the cause:
- Sign the petition online: http://bit.ly/g2zxPf
-Join the cause em FB: http://bit.ly/gvLJRo
- Follow us in twitter: @SOSCachoeiraMao
and then spread to the world!

Agradecemos tu colaboración, necesitamos muchas firmas para llegar a nuestro objetivo: Tombar la Cachoeira Alta,por favor ahora haz esto:
- Firma la petición online: http://bit.ly/g2zxPf
-Unete a la causa FB: http://bit.ly/gvLJRo
- Siguenos en Twitter: @SOSCachoeiraMao
y ahora invita tus amigos y contatos!


Ringraziamo la tua collaborazione, abbiamo bisogno di moltissime firme per arrivare al nostro objetivo: Salvare dalla distruzione la Cachoeira Alta de Manaus. Come puoi aiutare?? é molto fácile:
- Firma la petizione online: http://bit.ly/g2zxPf
-Unete alla causa FB: http://bit.ly/gvLJRo
- Seguici in Twitter: @SOSCachoeiraMao
e adesso invita tutti i tuoi amici e contatti!


#soscachoeiraalta #salveacachoeira

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Bioconstrutor do Chile apresenta bioarquitetura da terra em workshop no Espaço Uarumã, no Tarumã em Manaus

Textura e parede estrutural de cozinhas com barro e argila

Bioarquitetura da terra. Assim o bioconstrutor Tomás Atxondo define seu trabalho em bioconstrução de Cozinhas da Terra. Pela primeira vez em Manaus, ele dará um workshop, que acontecerá nos dias 18 e 19 de dezembro, sobre a técnica oriunda da permacultura, cujo termo significa cultura permanente, o que quer dizer integrada. Seu fundador foi Bill Mollison e seu co-fundandor foi David Holmgren.


Segundo Tomás Atxondo, o objetivo do curso é proporcionar um espaço estruturado de barro usando a técnica de pau-a-pique (técnica que consiste em fazer um entremeado de bambu que é preenchido com barro), na construção de fogões feitos na medida das panelas. “Isso proporciona um aproveitamento eficiente quanto ao rendimento calórico e o pouco consumo da lenha”, afirma.

Tomás Atxondo já desenvolveu a permacultura no Chile, no Brasil, no Peru, na Colômbia e no México, onde vive atualmente. É nela que ele encontra a bioarquitetura, a horta espiral biointensiva ou orgânica, o teto verde, a cozinha de terra, o banheiro seco compostável, enfim, todas tecnologias integradas com a terra.  

Para Tomás, o fundamental na filosofia da permacultura é que ela proporciona um estudo-análise da observação da natureza do lugar pra compreender como é o funcionamento do ecossistema desde sempre, antes de pensar uma estrutura. 

Além de todos esses cursos, Tomás também realiza palestras com abordagens voltadas para a análise de setores e zonas no desenvolvimento de projetos.  O objetivo, segundo ele, é desenvolver o planejamento estratégico quanto a energias renováveis e fatores naturais externos ao sítio onde se quer levar à cabo um projeto da maneira mais eficiente possível, enquanto a energia que foi sempre presente no lugar. 
http://bioconstruindo.webs.com






O que é?

Curso Cozinha e fogão de Terra
Ministrante: Tomás Atxondo
Data: 18 e 19/12
Onde: Pousada Uarumã
End: rua Caravelle Nº 14 , Tarumã, Manaus AM.
Hora: das 09h00 às 15h00 no sábado (Momento BazArte) e das 09h00 ás 17h00 no domingo
Valor: R$ 250 com almoço e coffe-break
Clique para ver maior

Ascom
Jornalista responsável: Juliana Belota
DRT: AM/010
Contatos:
9201-3297  Juliana  @jumibe @BazArteManaus @pousadamanaus
8187-3183  Inca       @incacolor  @soscachoeiramao

18 dezembro 2010 BazArteManaus - Campanha pelo Tombamento da Cachoeira Alta de Tarumã SE LIGA!!

Espaço Uarumã apresenta BazArte em prol da Cachoeira Alta do Tarumã

Curso de bioconstrução da terra, mercado cultural, música e performances artísticas, o BazArte apresentará, no dia 18, a partir das 17h00, um coral de cunhãs e curumins fãs do Igarapé Água Branca, amigos da Cachoeira Alta do Tarumã com a música “Sauim de coleira”, a performance Mãe D’Água  e ainda os shows de  Jorge Jucá, Lucinha Cabral, e Salomão Rossy.
O BazArte também será espaço para o lançamento da campanha de tombamento da Cachoeira Alta do Tarumã como patrimônio natural, cultural, religioso e ecológico da cidade de Manaus. Tudo isso reunido num só momento. Você quer mais? Tem.
O mercado cultural, uma feira de artes plásticas, roupas artesanais, arte Shipibo-Konibo (mestres da Ayahuasca no Perú), plantas, e culinária naturalista amazônica. Seu propósito é proporcionar às pessoas um espaço de troca de produtos artesanais. Estamos entrando no solstício de inverno e um eclipse lunar total acontecerá no dia 21 de dezembro, o que torna nosso encontro inspirado em uma cultura alternativa, convergente com o movimento celeste e primordial.
As exposições são inspiradas em produtos que mantém uma relação harmônica com a natureza e a floresta. No mercado cultural do BazArte é possível encontrar, por exemplo, mudas medicinais (por encomenda), travesseiros de ervas, sabonetes naturais, medicinas florais, exposição de desenho científico, e camisas, exposição de artes plástica do Amazonas.
O BazArte apresentará também um espaço para troca de coisas usadas  (brechó-sebo) Enfim, uma feira livre com direito à samosas (pastéis indianos), tenda de chá, etc. As pessoas que queiram expor e vender seus produtos durante o evento, por favor, contate a organização no e-mail bazarte@gmail.com .

Clique para ver ampliado
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Cultural market, music, artistic performances. The Bazart in favor of overturning the Cachoeira Alta Tarumã as natural heritage, cultural, religious and ecological features of the city of Manaus: Bare collar (coral children / Victoria Regia), Mother Water (theatrical performance), Cunha (play ), and Musical Village, Jorge Juca, Lucinha Cabral, and Solomon Rossy (musical performance), art exhibition by Raymond Sa.

All of this together and there's more: the campaign launch by Tipping da Cachoeira Alta Tarumã with open letter below and signed by the residents and friends of Tarumã.

The exhibitions are inspired products that maintains a corporate relationship with the forest elements. In the market of cultural Bazart can find, for example, medicinal and ornamental plants, herbal pillows, natural soaps, medicines floral display of scientific drawing, and shirts, an exhibition of artists (
LIVE PERFORMANCES), juice, sprouts, cooking and naturalist Amazon.

The Bazart also present a space for exchange of things that no longer wants more, with nooks and Sebo. Finally, with an open right to samosas (Indian pastries) and light juice (juice shoot), organic pastas, teas, etc.. People who want to exhibit and sell their products during the event, please contact the organization in the email
bazartemanaus@gmail.com .
@BazArteManaus to follow and follow the news of Bazart Live

The event will be broadcasted on TV Web, the channel (
LIVE PERFORMANCES) 18th december 22:40hs to 2:00 or maybe more  if the Internet allows.
 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Paz ambiental já!

Estamos em guerra contra a natureza? Precisamos mesmo destruir, desfigurar, intervir de forma tão brutal contra um meio-ambiente, que não é propriedade de ninguém? O blog aguabrancaonline pede apenas paz! Florestas, igarapés, buritizais, igapós, nascentes, cachoeiras e animais estão com a bandeira branca se rendendo e pedindo o fim da guerra.

Polegar para cimaArco-írisVolto já

Digitalizar0002    289Polegar para baixoSmiley nauseadoRosa murcha

Por não sofrer de egoísmo galopante, o Água Branca não fala só de si. Mostra também a situação atual de todo o expressivo ecossistema  ameaçado na APA-Tarumã. Mostramos cachoeiras abandonadas, igarapés destruídos, igapós aterrados, buritizais ameaçados, nascentes soterradas e grandes fragmentos de florestas desaparecendo todos os dias.255

 

 

 

 

 

Sabemos que nossa mensagem não atinge a repercussão necessária para que a sociedade civil manauara resolva cuidar de seu patrimônio maior: O meio-ambiente saudável. As pessoas que comandam os destinos da cidade parecem só se preocupar com seus cargos e promoção pessoal. São incapazes de agir para desagradar poderosos. São cúmplices e culpados pelos desastres naturais, cada vez mais frequentes em áreas ocupadas irregularmente em Manaus.

Vamos lutar muito, denunciar muito e publicar tudo o que acontecer de bom ou ruim para o Igarapé Água Branca e sua vizinhança. Os tratores roncam nas proximidades de suas florestas. Principalmente nos fins-de-semana, quando a fiscalização que já é ruim, fica completamente inoperante. Estamos de olho e acreditamos de verdade que vamos começar 2011 publicando boas notícias para no água branca, suas florestas e igarapés vizinhos da Apa-Tarumã.

Peixes do Rio Negro ameaçados pela invasão de Tilápias

289Na última visita que fizemos ao igarapé da Cachoeira Alta do Tarumã, fomos surpreendidos por uma visão aterradora e ao mesmo tempo “reconfortante”. Nos causou conforto muito grande saber que peixes ainda sobrevivem no poluído, assoreado e deformado igarapé da Cachoeira Alta. A má notícia é que o peixe fisgado aos montes pelo solitário pescador, era uma Tilápia, peixe exótico, extremamente voraz e responsável pela dizimação de espécies nativas em quase todos os rios onde foi introduzido.

261Num período de aproximadamente vinte minutos, mais de 10 tilápias foram fisgadas e o morador vizinho do igarapé nos disse que costumava tirar almoço e janta toda vez que vinha pescar no local.Parece incrível um peixe conseguir resistir ao ambiente completamente insalubre do igarapé. Ao mesmo tempo fica evidenciada sua capacidade de adaptação e resistência. Por isso mesmo sua criação em cativeiro é proibida próximo a cursos d'água.

276É claro que os peixes que tomam conta do igarapé escaparam de algum açude ou lago particular. cabe agora aos órgãos ambientais descobrir onde, quando e quantos foram lançados no igarapé. É fundamental agir já., pois a Tilápia já deve estar infestando o lago do Tarumã e consequentemente o Rio Negro.512Nosso igarapé também corre risco de invasão o que seria um desastre ecológico sem precedentes, uma vez que o Água Branca é maternidade, creche e supermercado de milhares de peixes que um dia vão sair das águas limpas e tranquilas do Água Branca para morar definitivamente nos grandes rios.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Igarapé Água Branca :Celeiro da vida enfrenta tudo!

 

236 Na Amazônia vivemos entre muito sol e muita chuva. Prá nós “cabocada” o inverno é chuvoso e o verão é um sol de lascar,  mesmo! Este ano particularmente sofremos com uma onda de calor intensa, agravada com a fumaça de milhares de queimadas na vasta Amazônia. O igarapé Água Branca, um dos ainda vivos no perímetro urbano de Manaus, suportou bravamente a provação acima dos limites. Dezenas de igarapés secarem completamente na Bacia do Tarumã. O Água Branca permaneceu firme, sustentando uma cadeia alimentar nativa da APA-Tarumã, composta por animais raros, em extinção e até espécimes ilustres desconhecidas da ciência.

Quatro áreas alagadiças ao longo de toda a extensão (mais ou menos 10 km) do igarapé, abrigam florestas inteiras de buritizais e outras frutíferas, capazes de alimentar quase da fauna silvestre que habita os fragmentos de floresta do Aeroporto Eduardo Gomes, da empresa Oriente, condomínios e terras particulares. A seca intensa trouxe para o Água Branca este anos animais nunca visualizados antes, como ariranha e vários tipos de pássaro, com destaque para o pica-pau amarelo.

O verão 2010 causou danos na APA-Tarumã com particular gravidade. Milhares de hectares de árvores em todos os fragmentos florestais da APA, foram derrubadas. Pior: continuam sendo derrubadas. Pior ainda: Órgãos ambientais que deveriam estar protegendo, estão licenciando, legalizando e colaborando para destruir aquilo que deveriam zelar. Todos os jornais da cidade, denunciaram a destruição. Ninguém foi preso, ninguém obrigado pela Lei a pelo menos reparar o dano causado. Agora o pior dos piores é que o marketing do governo estadual centraliza a floresta em pé como símbolo máximo de sua mídia. É muita cara de pau!

Por causa desta enorme destruição florestal milhares de animais perderam seus territórios, seus filhotes e seu celeiro de alimentos. Os que sobreviveram, mesmo sem seus pares, fogem desesperados para outros refúgios, onde a concentração de florestas ainda prevalece. Cada vez mais raros estes últimos fragmentos de floresta (matas do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e de particulares) recebem toda a carga de animais desalojados. A competição por alimento é enorme e espécies mais frágeis desaparecem. saiun

O sauin-de-Coleira ou como foi sarcasticamente batizado Sauin-de-Manaus (talvez uma tentativa pouco inteligente de esconder a extinção já anunciada do verdadeiro Sauin, o de Coleira) é um exemplo claro de extinção provocada pelo homem urbano, pela brutalidade de um urbanismo mal planejado e que avança sem sem fronteiras, sem rumo, sem fiscalização, sem planejamento e sem debate com a sociedade. O Fim dessa estrada vai dar numa cidade sem árvores, sem parques, sem rios e igarapés vivos, sem “Ilhas” anti-stress, representadas pelas florestas urbanas, presentes e valorizadas apenas nas Cidades Inteligentes, Cidades Inovadoras, Cidadãs.

P1050734  Agora pressão que acabou com as matas de praticamente todas a zonas geográficas de Manaus, avança com determinação voraz e “Legalizada” sobre a última fronteira, (sem desmerecer outras áreas da cidade) a mais conservada de Manaus, APA-Tarumã. Indústrias, loteamentos gigantescos, comércio, bares, restaurantes… Tá tudo vindo para o Tarumã. Prá todo canto que se vá a destruição pode ser verificada sem dificuldade nenhuma.

Agora chegou o inverno amazônico, chuva! Muita Chuva e as previsões para a temporada que já está começando, são no mínimo preocupantes. Chuva acima do normal já é uma certeza e os danos que serão causados também. Destruição, mortes, feridos e desabrigados. Áreas habitacionais próximas a igarapés canalizados ou aterrados, serão as mais penalizadas. 200Nós que moramos bem perto do igarapé Água Branca, não tememos enchentes repentinas e nem trombas d'água. Pode chover o dia inteiro em Manaus sem parar que nós não vamos sofrer dano algum, sabe porque? Nenhuma casa foi construída a menos de 50 metros do igarapé, a floresta nativa está presente em 90% de suas margens desde a nascente até a foz. Essa floresta absorve a água da chuva, drena o excesso e impede o desmoronamento das margens, porque a copa das árvores se transforma numa espécie de “guarda-chuvas” meio furado, como tem que ser, para que o solo arenoso não seja “lavado” e empurrado para o igarapé.

Esse quadro não se repete na parte urbanizada da cidade. Lá o concreto, o asfalto, os aterros irregulares, a canalização dos igarapés (sem recomposição mínima da mata ciliar) a construção de casas, indústrias e o comércio, desfiguraram e destruíram ecossistemas inteiros. A natureza vai cobrar seu preço!

Então, amigos do Igarapé Água Branca, nossa estória agora vai falar de água, muita água. Tudo que acontecer no nosso belo igarapezinho vai ser contado pra vocês. No verão apareceu pica-pau amarelo, ariranha, bacurau, jacaré, araras, papagaios, curicas, “tesouras” ou andorinhão, jararaca pra caramba (contamos mais de 10), surucucus, mucura “xixica” (um dos menores marsupiais do planeta), Sauins-de-Coleira (bandos com até 12 animais), macacos guariba, parauacus e “gogó-de-sola” ou sagui da noite.

Vamos esperar pelo inverno com a máquina ligada e os guris que descobrem tudo que tá escondido no meio do mato da APA-Tarumã, mais espertos que nunca. Tá tudo só começando e já vamos lançar o primeiro bicho do inverno. Dá só uma olhada pra esse disfarce abusado. A pererecona é branca, mas tá tão bem conectada com a folha que parece um fungo enorme. Tem mais um detalhe: a “bicha” num é leza não. A talfolha fica bem em cima do leito do igarapé. Se um bicho esfomeado quiser devora-la, vai ter que ser hábil escalador, ou então cair direto na água, num local 347onde a correnteza é bem forte. Como eu disse a “bicha” num é leza!

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

27 nov 2010 16:00 CACHOEIRA ALTA TARUMÃ VIVA - performance e coleta de assinaturas NÃO PODE FALTAR

Evento público


Hora
sábado, 27 de novembro · 16:00 - 19:00

LocalizaçãoCachoeira Alta em Tarumã
Av. do Turismo
Manaus, Brazil

Criado por

Mais informaçõesMovimento dos moradores da rua Caravelle para salvar las ultimas florestas e igarapes urbanos vivos dentro de las APA-TARUMÃ.
Performance teatral, mUsical e movimento de coleta de assinaturas solicitando Tombamento da Cachoeira Alta da APA- Tarumã, como Patrimônio Paisagístico; Histórico; Religioso e Ecológico da cidade de Manaus. União pela Conservação dos últimos fragmentos de Floresta Nativa e Igarapés da APA- Tarumã.
Participe, ajude a NATUREZA!
A foto da Cachoeira Alta do Tarumã mostra apenas uma pequena parte do enorme ecossistema influenciado pelos igarapés, cachoeiras e florestas da APA-Tarumã. Água Doce é o produto mais precioso do planeta. Porque estamos destruindo nossas fontes de riqueza? Igarapés sem florestas no entorno,morrem. O evento é um ALERTA para a morte e desfiguração da paisagem na Cachoeira Alta do Tarumã e seu entorno.
 
aguabrancaonline.blogspot.com
É lamentável assistir todos os dias o avanço da destruição ambiental no ecossistema Tarumã. Os lagos, igarapés e igapós das bacias do Tarumã-Mirim e Tarumã-Açu estão sendo aterrados, assoreados, dragados e contaminados com todo tipo de lixo. Em apenas dois lagos (Tarumã-Açú e Mirim) um volume de

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

De grande a pequeno , todos ameaçados!!

O Bioma amazônico está sob intensa ameaça de destruição. Grandes obras em calhas de rios, no meio da floresta, nos alagados, nas margens dos igarapés, em todo canto onde tenha “mato” sobrando, o dinheiro chega disfarçado de progresso, melhoria de qualidade de vida, revolução agrícola, obras, obras e mais obras. É assim, devagarzinho que os endinheirados (sustentam a máquina política) chegam, tomam conta da verdade, do meio-ambiente, das pessoas e do planeta. Para sustentar essa gula humana atual, nosso planeta já está doando uma vez e meia de tudo que consegue produzir.
Belo Monte é um exemplo de invasão “Oficial” atropelando quem se puser pela frente. “Não interessa: Vamos fazer. Precisamos de energia para manter sustentável o desenvolvimento econômico do País”, essa é a postura do governo. Fins, justificando meios. Assim também nasceu o nazismo.
Do mesmo jeito que a hidrelétrica de Belo Monte é ruim para os povos nativos, ruim para a beleza cênica do Xingú e ruim para o ecossistema, condomínios, indústrias, ruas e avenidas, são ameaças para igarapés urbanos. Somos solidários ao movimento BELO MONTE NÃO! porque também estamos tentando salvar um pequeno pedaço deste planeta. O Igarapé da Água Branca, contribui com água limpa e abundante para todo um ecossistema em colapso, localizado dentro da APA-Tarumã em Manaus. Os igapós, lagos, cachoeiras e igarapés que ficam dentro da APA-Tarumã, estão condenados à morte.
Como ninguém toma uma atitude séria para estancar a destruição, nós do blog aguabrancaonline contamos a estória do último igarapé urbano vivo de Manaus. As ameaças chegam de todo lado. Estamos ficando completamente cercados pela cidade. Uma cidade cruel com seus recursos naturais, capaz de matar cachoeiras enormes, igarapés e nascentes cristalinas, lagos cheios de peixes, florestas cheias de vida, abrigando espécimes únicos na natureza, como o já quase extinto Sauin-de-Coleira, que aliás, vive apenas nas matas próximas da indiferente Manaus, que cinicamente o adotou como “Símbolo”.
No dia 16 de novembro 2010 o mundo se mobilizou contra a construção da hidrelétrica  de Belo Monte no Rio Xingu – Pará (PA). O igarapé Agua Branca, também ameaçado está solidário a esta causa. Desenvolvimento sim, mas com responsabilidade ambiental.

Acompanhe a performance
Performance: Recital poema O Sonho do Xamã (português)
Atriz:Inca Ramirez
Poema: Eliakim Rufino
Câmera: Oscarina (Venezuela)
Flauta Melódica:Damião (Mauá)
Voz: Juliana Belota e Michelle Moraes
Música: Canto da floresta
Voz: Juliana Belota
Xequeré: Juliana Belota
Idealização: Juliana Belota



Um xamã yanomami sonhou
que a fumaça da civilização
abriria um buraco no céu
e o céu cairia no chão 

O xamã resolveu avisar
o que o sonho queria dizer
mas ninguem parou pra escutar
pouca gente tentou entender 

Muito tempo depois deste sonho
a ciência pôde então descobrir
que o buraco na camada de ozônio
é por onde o céu pode cair 

O meu sonho é que nada aconteça
Que a vida não tenha final
Que o Xamã não desapareça
que o sonho não seja real 





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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O Araçari Tucano

DSC01696 Tudo começou quando nossa amiga Noemi chegou em nossa casa dizendo qua havia trazido um amigo para conhecer o Igarapé Água Branca. Já me preparava para dar as boas-vindas quando ela abriu a mão e apresentou o tal amigo.  Era um filhote de Araçari (minitucano) que ela e o marido haviam encontrado na estrada. Não estava ferido, mas era muito pequeno, quase pelado e muito ativo.  DSC01667
Noemi pediu para que “adotássemos” o filhote até que ele pudesse voar sozinho sem perigo. Meus filhos foram os primeiros a “topar” virar pais postiços de Araçari. O Jozinho de cinco anos (pensava que o araçari era um filhote de tucano) batizou logo o bicho de “Tuco”. Alimentar um filhote de Araçari não foi tarefa muito difícil para eles, afinal não são pais postiços de primeira viagem. O João Miguel, do alto de seus dez anos garantia que era só fazer como fizeram com outros filhotes que criaram.
Os meninos  elaboraram um cardápio que incluia grilos, gafanhotos, larvas e muitas frutas nativas. Rapidinho o bicho começou a voar dentro de casa e a comer sozinho. Um dia pegamos o “Tuco” no flaga comendo até a ração dos cachorros. Observamos muita coisa interessante sobre a “personalidade” dos Araçaris. Primeiro aprendemos que ele comia pouco quando era alimentado por nós. Quando passou a comer só comia muito, mas em pequenas porções com pequenos intervalos.
Nosso amigo “Tuco” cresceu rápido e com asas cada vez mais fortes. Finalmente, neste final de semana, os pais adotivos do “Tuco” resolveram liberar de vez o rapaz para voar livremente no quintal. O Jozinho viu assustado o filhote de Araçari bater forte as asas, voando para o meio da mata. Todos ficamos esperando para ver o que ia acontecer. Derepente o bichinho voa mais alto e some na mata. O Jozinho começou a chorar dizendo que estava com saudade.
  DSC01655 Expliquei para os curumins que bicho nenhum pode ser criado preso. Eles precisam da liberdade para se alimentar e reproduzir. Eles entenderam e logo esqueceram. Foi aí que aconteceu o que ninguém esperava: O Tuco estava parado na janela e quando viu os meninos voou direto para a cabeça do Jozinho. De lá para cá ele nunca mais ficou preso. Agora quando quer, ele dorme nas árvores e quando não voa para dentro de casa e se empoleira na coluna mais alta.           
Agora estamos tendo a oportunidade de observar de perto o desenvolvimento de um filhote de Araçari, cuja espécie, ainda voa em bandos nas florestas do Tarumã, junto com os “primos” maiores, os Tucanos. Não sabemos qual vai ser a reação do nosso jovem “Tuco” quando encontrar com os bandos de Araçari, que por hora estão em outras regiões da APA-Tarumã, mas já, já vão chegar, atrás dos cachos de pupunha, açaí, bacaba, patauá e muitas outras iguarias nativas dos últimos fragmentos de floresta conservada na APA-Tarumã.
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Igarapé Água Branca resiste ao verão mais forte dos últimos 30 anos

346 Os noticiários de jornais locais dão conta de uma super-seca este ano. Na bacia do Ruio Negro os efeitos foram dramátricos. Uma enorme quantidade de água simplesmente evaporou, deixando cidades e comunidades completamente isoladas. Na região do Tarumã-açú e Tarumã-Mirim, milhares de famílias sentiram na pele a seca record. Em quase todas as comunidades o mesmo cenário. Isolamento, falta de água potável e até para tomar banho .
    269 Dezenas de pequenos igarapés secaram completamente, transformando a vida de todo mundo que morava perto. Muitos destes igarapés apresentam volume de água muito maiores que o Água Branca, com nascentes mais preservadase localizadas em locais distantes. Mesmo assim secaram completamente.

DSC06276 Enquanto o cáos se espalhava na APA-Tarumã, nosso Água Branca continuava com nível de água bastante significativo, oferecendo o líquido precioso e limpo para a bacia do Tarumã-Mirim. Milhares de pequenos peixes aproveitaram suas águas frias e correntes para se reproduzir e crescer. A “maternidade-creche” oferecida pelo Igarapé Água Branca não fechou as portas nesta que foi maior seca de todos os tempos no Amazonas.
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A pergunta que fica é: A cidade bruta de Manaus vai matar também este estuário de vida. Nós vamos aterrar e poluir mais um igarapé vivo. Manaus é uma cidade ingrata, injusta e despreocupada com questões vitais que envolvem sustentabilidade e meio-ambiente preservado. Aqui tudo já teve, já foi bonito, já foi limpo, já foi do povo. Já chegou a hora de mudar tudo isso.
279 O Igarapé Água Branca é um exemplo claro de ressistência da vida. Ele não secou porque suas nascentes no Aeroporto Eduardo Gomes, estão preservadas. 90% de sua extensão está cercada de floresta primária. Seus alagados, baixios e mini-igapós ainda estão completamente preservados. É fácil perceber a importância da floresta nativa conservada ao longo de suas margens, onde milhares de pequenas nascentes (que abastecem ininterruptamente com água nova e limpa o leito principal do Água Branca) sofreram bastante com a seca, mas nunca secaram completamente, porque a sombra das florestas as protegiam.
Nossa mensagem, embora seja dura às vezes, na verdade é apenas um GRITO de socorro. Um PEDIDO de clemência e tolerância. Estamos pedindo para Manaus trocar a destruição implacável, pela conservação necessária para a qualidade de vida desta e das futuras gerações de nossa barelândia. Aqui nestas florestas viveram no passado Nações indígenas que juntas abrigavam cerca de 5 milhões de indivíduos. As marcas desta enorme ocupação ainda estão sendo descobertas. Estes povos ocuram a Amazônia e quase não deixaram rastros. Eles RESPEITAVAM E COMPREENDIAM a natureza, por isso não destruiam, nem desfiguravam seu habitat. Nossa geração “progressista moderna” faz completamente diferente. As gerações futuras não vão ter trabalho para encontrar suas marcas. Vão estar muito ocupadas tentando apagá-las.
VIVA ETERNAMENTE ÁGUA BRANCA! Nem que seja apenas na nossa memória.
Nós vamos continuar contando tua estória real.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Igarapé Água Branca oxigena Bacia do Tarumã.

 

Digitalizar0013 Digitalizar0001 Digitalizar0004 Digitalizar0017 É lamentável assistir todos os dias o avanço da destruição ambiental no ecossistema Tarumã. Os lagos, igarapés e igapós das bacias do Tarumã-Mirim e Tarumã-Açu estão sendo aterrados, assoreados, dragados e contaminados com todo tipo de lixo. Em apenas dois lagos (Tarumã-Açú e Mirim) um volume de água capaz de encher centenas de milhares de piscinas olímpicas está sendo literalmente destruído. De um lado a poluição tóxica do xorume produzido no “Aterro Sanitário” de Manaus. De outro as invasões humanas em áreas de mananciais, alagados, margens de rios e igarapés. Na parte mais urbana o Tarumã já perdeu 7 cachoeiras, milhares de nascentes, cerca de 70% das florestas nativas, a nimais, insetos e quase todos os pequenos igarapés.

No meio deste cenário lamentável de destruição, descaso governamental e até social, nosso pequeno igarapé Água Branca dá seu aviso: ESTOU VIVO! Nosso blog está mostrando e provando que ainda existe vida nativa pulsante em todos os fragmentos de floresta do bioma Tarumã.     199 515 DSC06279 14mar10 picapau amarelo

 

satelite aeroporto florestaruma72 379  O  Igarapé Água Branca nasce no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e avança intacto por mais de 10 quilômetros dentro de uma floresta conservada. Somente na foz, quando ele deságua no já quase extinto igarapé da Cachoeira Alta do Tarumã, a ação humana desfigura nosso Água Branca. A cena é grotesca. Alguém, acim da da Lei, resolveu abrir uma estrada para atravessar um buritizal que ABRIGAVA nascentes e florestas.P1050729      

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Lutando contra todas adversidades, o Água Branca continua vivo. Continua limpando e oxigenando as águas poluídas do recém criado Corredor Ecológico das cachoeiras Alta e Baixa do Tarumã. Continua jogando milhões de litros de água limpa e fria na bacia do Tarumã-Mirim. O resultado pode ser comprovado numa simples pesca noturna no Tarumã-Mirim. Peixes enormes como a piraíba se alimentam dos peixes menores que se criam nos pequenos e raros igarapés ainda vivos.  143

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