terça-feira, 22 de dezembro de 2009

100 mudas de buritizeiro replantadas nas margens do Água Branca


Mudas de Buritizeiro prontas para replantio

O buriti- Mauritia flexuosa- uma das árvores nativas gigantes da Apa-Tarumã, está simplesmente desaparecendo de todas as áreas de fundo de vale da cidade de Manaus. Há pouco mais de dez anos, estas árvores eram encontradas até mesmo em áreas centrais da cidade, como por exemplo no bairro de adrianópolis.
A Apa- Tarumã ainda abriga centenas destas árvores, fundamentais para a conservação de nascentes e brejos que abastecem dezenas de igarapés que embora poluídos, ainda podem ser recuperados, porque recebem água nova e limpa destes mananciais estratégicos localizados nos buritizais.
Este ano em particular a fortíssima estiagem praticamente secou centenas de igarapés. Nosso Água Branca resistiu bravamente, principalmente por causa de dezenas de nascentes bem conservadas nos buritizais.
Infelizmente, na foz do Água Branca criminosos destruíram um enorme buritizal com a abertura de um ramal que provocou uma vossoroca gigante (foto já publicada no blog). Em alguns pontos intermediários do igarapé, máquinas pesadas também rasgaram as margens ciliares, para retirada de barro e provocaram novos  focos de assoreamento. Nestes locais, já identificados e mapeados por nossos seguidores, vamos iniciar em Janeiro - época de chuvas - o replantio de 100 mudas de buriti, que já estão prontas e muito viçosas.
Ao mesmo tempo estamos preparando cerca de 200 mudas de bacabeira para reflorestamento de áreas de florestas intermediárias,ou seja, locais onde a floresta ocupa encostas de barrancos com até 60 metros de altura.
Se voce ama Manaus e não quer ver nossos igarapés e árvores nobres desaparecendo, venha participar do replantio de Buritizeiros. Aguarde e divulgação do calendário em Janeiro e faça sua parte na luta pela conservação do planeta. Igarapé vivo e limpo para sempre!   

 

sábado, 5 de dezembro de 2009

Crianças participam de noite lúdica no Igarapé


Crianças e pais chegam ao Igarapé

Ontem à noite a equipe mirim da Ong Mata Viva, participou de uma grande aventura no Igarapé Água Branca. As crianças foram conhecer de perto a fauna noturna do igarapé. Viram peixes e principalmente camarões que ainda sustentam a base da cadeia alimentar aquática do Água Branca. A presença destes animais é mais um indicativo da excelente qualidade da água do igarapé, pois crustácios não toleram poluição.

Voluntário Yuna mostra vagalume para os amiginhos

Ao todo 10 crianças entre quatro e 13 anos participaram do evento junto com seus pais. Foi uma festa, com direito a acampamento e tudo. Todos ficaram encantados com o canto das aves noturnas, insetos exóticos e peixes de todo tipo. Alguns até arriscaram uma pescaria de piabas.
Estamos nos preparando para receber mais visitantes e formar um grupo de estudo que vai ajudar a abastecer nosso blog com opiniões e informações variadas.
Se você quiser formar um grupo para conhecer de perto o Água Branca faça contato através do blog ou no endereço matavivaam1@yahoo.com.br ou pelo fone 092 – 8168 3268

O acampamento da curuminzada da Mata Viva

Sem luta, este pode ser o destino do Água Branca


Igarapé vizinho ao Água Branca destruído pela invasão


Na foto acima, você vê um dos igarapés vizinhos do Água Branca, localizado numa das dezenas de invasões de terra da APA Tarumã. O local batizado com o nome Parque Riachuelo, abrigava uma floresta fantástica e hoje está completamente tomado por palafitas e casebres.
Comparando os dois igarapés (separados por uma faixa de terra de aproximadamente (1 km), dá para você perceber porque estamos lutando pela conservação do nosso Àgua Branca.
Manaus e suas autoridades parecem estar de costas para o problema, que avança trazendo mazelas que custam caro para se resolver. Para nós é mais fácil, mais barato e principalmente mais racional manter vivo pelo menos este igarapé, que é um dos últimos responsáveis pelo lançamento de água limpa e oxigenada na Bacia do Tarumãzinho.



Enxurrada no Água Branca.


Água Branca antes da enxurrada


E depois da enxurrada


Nas fotos acima mostramos o Igarapé da Água Branca em dois momentos: Antes e depois das chuvas de sexta-feira. Mesmo não sendo tão forte a enxurrada típica depois do aguaceiro, se formou rapidamente. O nível da água que estava criticamente baixo, subiu rapidamente cerca de 1 metro.
Seria maravilhoso se não fosse preocupante, pois ao mesmo tempo em que o nível da água sobe, diminui a qualidade e aumenta a quantidade de água barrenta e suja no Igarapé da Água Branca. Essa água vem da Avenida do Turismo que despeja sua sujeira na nascente que passa por baixo da via.
Neste verão o Igarapé registrou um dos níveis mais baixos dos últimos anos. Em locais mais profundos, surgiram pequenas praias e muito entulho apareceu no Igarapé. Quando a chuva forte chega aumentando a vazão estes entulhos atrapalham a correnteza  e desviam a água para outros locais aumentando a erosão das margens.
De agora em diante estamos monitorando este fluxo de subida, baixa, aumento da erosão e da sujeira. Também vamos investigar a origem dos danos e denunciar aqui os causadores de todos os problemas que venham ameaçar nosso Igarapé.
Acompanhe conosco a luta pela conservação do Água Branca. Seja um seguidor da nossa campanha e denuncie agressões que acontecem com igarapés próximos de sua casa. Juntos nós podemos fazer diferença. Alheios, engrossaremos a corda da indiferença e mais tarde seremos cobrados pela omissão.


Um hóspede raro


Filhote de Sábia voando para a liberdade
Nos últimos cinco dias tratamos de um hóspede raro aqui no Igarapé Água Branca. Um filhote de Sabiá do Rio Negro, foi encontrado caído fora do ninho e sem a mãe por perto. Recolhemos o bichinho e alimentamos durante dois dias. No terceiro dia ele já estava forte e passou a ficar numa pequena gaiola para pegar sol. Foi aí que veio a surpresa: A mamãe sabiá apareceu e começou a alimentar o filhote. Ficamos extasiados ao ver o tipo de alimentação que ela trazia. Larvas enormes, gafanhotos, mariposas e muitas sementes, com destaque para a semente de Bacaba (Palmeira nativa). Em cada dez viagens cerca de quatro eram para trazer novas remessas de sementes de Bacaba.
As crianças que acompanhavam atentas o desenvolvimento do filhote, já estavam loucas prá soltar o sabiazinho, que já parecia bem forte. No sábado finalmente o grande dia! A liberdade chegou para nosso pequeno e agitado hóspede. Feliz da vida ele partiu com mãe e nos deixou uma lição sobre a importância dos pássaros para a floresta, pois ao se alimentar, eliminam nas fezes, os caroços adubados, favorecendo o reflorestamento de espécies raras como a Bacabeira e comendo insetos livram as árvores de larvas prejudiciais ao seu desenvolvimento.
Aprendemos muito e agora estamos dividindo com vocês, alegres por ter salvo um belíssimo e canoro Sabiá do Rio Negro, que só aparece aqui no Igarapé da água Branca no período de verão, quando as frutas são abundantes, propícias para o acasalamento e criação dos filhotes.

Mamãe Sabia com larvas para alimentar seu filhote

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Igarapé da água branca enfrenta pior seca em dez anos.




Nosso trabalho de monitoramento do igarapé Água Branca iniciado em 1996 jamais registrou  níveis de água tão baixos como os constatados  até o dia de hoje. Mesmo sem possuir equipamentos precisos para medir a perda de vazão, constatamos visualmente através de pontos fixos nas margens uma diminuição de aproximadamente 1 metro no volume normal de águas. Nascentes localizadas ao longo das margens do igarapé, já reduziram em 90% a vazão de água nova para dentro do leito. Fica o alerta! Mesmo sem perder florestas em seu entorno o Igarapé da Água Branca está secando e pode simplesmente sumir se o desmatamento for iniciado. Margens de Igarapé só servem para abrigar animais e florestas. O resto é destruição, que pode aumentar com a incidência de chuvas ácidas (fenômeno registrado pela primeira vez no Amazonas, na quinta-feira (26-11-2009), durante realização do encontro preparativo para o COP-15, com a presença do presidente Lula.

Eu vejo flores em você




As florestas cada vez mais fragmentadas e ameaçadas do Tarumã, respondem à agressão humana com uma explosão de flores. Nas margens do Água Branca a florada nativa embeleza ainda mais nosso pequeno pedaço de paraíso. Milhares de animais que dependem destas floradas, surgem ao nascer do sol e até mesmo á noite para o banquete oferecido pelas árvores, arbustos e ervas rasteiras. De dia as abelhas melíponas, borboletas e pássaros sugam néctar e pólem das flores. À noite, morcegos e mariposas também fazem o mesmo e assim o ciclo de reprodução se completa com estes animais realizando a polinização e gerando frutos que vão germinar e formar uma nova geração de árvores nativas.
Quando igarapés e florestas desaparecem milhares de animais ficam sem alimento e vão embora. As poucas árvores que sobram ficam sem seus principais comensais e o ciclo de reprodução é interrompido drasticamente.
A destruição causada pelo avanço da cidade sobre os fragmentos de floresta já está atingindo animais sensíveis como os sauins-de-coleira que antes eram avistados em bandos ativos de até 28 animais. Agora, em nossos avistamentos, esse número não atinge nem dez sauins.
Será que nossa cidade não presa nem mesmo os seus símbolos. Afinal, um Decreto Municipal estabeceu que o Sauin-de-Coleira é símbolo da cidade de Manaus. Parece bem apropriado escolher um animal que está em vias de extinção e completamente abandonado para representar nossa cidade. Do jeito que vai o descaso, em breve seremos extintos do rol de cidades que preservam seus ecossistemas e a beleza paisagística de florestas nativas que mesmo sob pressão, ainda insistem em permanecer nos oferecendo o que de mais belo elas podem dar.



Enquete do Blog

A enquete dessa semana quer saber sua opinião sobre o futuro do Sistema Capitalista. Participe votando em uma das opções.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Árvores de Buriti estão desaparecendo do Tarumã


Entulho de contrução e lixo destrõem Buritizeiros


O Buritizeiro é uma das árvores gigantes do Tarumã. milhares dessas árvores, protegidas por Lei, estão simplesmente desaparecendo das áreas de charcos e nascentes da APA Tarumã. O grande movimento imobiliário que avança sobre os fragmentos de floresta (abundantes na APA), coloca em risco de extinção milhares de árvores. Na Avenida do Turismo, uma placa da Prefeitura autorizou o desmatamento de uma enorme área, deixando praticamente soterrados dezenas de pés de Buriti. O local é uma baixio próximo ao Condomínio Praia dos Passarinhos. Além dos buritizais as nascentes onde eles vivem poderão ser soterradas pelas obras de aterro para construção de um grande depósito de empresa do ramo varejista. Estamos nos preparando para fotografar a tal obra "legal"  e em breve vc vai ver tudo que está acontecendo no local com autorização oficial.

Diário Igarapé

As chuvas de novembro chegaram na hora certa. Ontem e hoje choveu forte no Tarumã. O resultado foi uma elevação no nível do Igarapé e das nascentes, localizadas nas margens de entorno do Água Branca. Centenas de árvores nativas estão com florada intensa e esperamos para este ano uma boa coleta de sementes das espécies que garantem o sombreamento das margens e ao mesmo oferecem alimento para os peixes.
Há mais de cinco anos acompanhamos o aumento da força da água durante chuvas fortes e mudança de cor que passa de águas límpidas e claras para o tom marrom barrento, resultado de desmatamentos nas margens do Água Branca, desde a nascente no aeroporto Eduardo Gomes, até a foz na Cachoeira Alta do Tarumã. O evento é preocupante, pois fica agravado com as enxurradas de água oriundas da Avenida do Turismo, que corta o Igarapé dividindo nascentes do aeroporto e do Condomínio Mediterrâneo.
 

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

NOVASEEL vai recuperar área de nascente degradada

A Associação dos Empregados da Eletronorte - ASEEL - através da Gerência Executiva dos Núcleos Regionais vai agir de forma imediata para reverter uma grande erosão que ameaça o Igarapé da Água Branca e 2 nascentes que foram soterradas por tratores que tentaram abrir caminho até o Igarapé da Água Branca, para abastecer caminhões-pipa. além de recuperar o local, a ASEEL vai cercar todo o terreno e construir uma trilha para atividades envolvendo educação ambiental. O Gerente Executivo dos Núcleos Regionais, José Elias Silva de Jesus, já está em Manaus para acomapanhar pessoalmente o início dos trabalhos.
É isso aí... A ajuda está começando a chegar e temos certeza que nosso igarapé ainda vai fazer muitos amigos.

Colabore vc também! venha conhecer nosso trabalho e ajudar a manter vivo o Água Branca.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Crianças fazem a festa no Igarapé da Água Branca


O igarapé da Água Branca,tem qualidade de água monitorada pelos órgãos ambientais do Município e do Estado. O acompanhamento começou com a iniciativa da ONG Mata Viva, que solicitou a inclusão no igarapé no mapa de Balneários da cidade. Os laudos apontam boa qualidade da água, propícia para banho. Aí a garotada tomou conta do pedaço... São filhos de vizinhos que todos os dias fazem a festa nas águas brancas e limpas do igarapé.

Quem sou eu?


Minha casa é o igarapé da Água Branca. Sou um dos menores marsupiais do planeta, medindo cerca de 15 centímetros. Me alimento de insetos e pequenos frutos. Meus filhotes ficam agarrados comigo e quando nascem, são do tamanho de uma moeda. Sou uma mucurinha e corro sério risco de extinção. Gostaria de continuar morando aqui. Você pode me ajudar? Sabe meu nome científico?

Universidade realiza pesquisa no Água Branca


A pesquisadora Vanessa Souza da Silva, mestranda do curso de Ciências Florestais e Ambientais da Ufam, desenvolve no igarapé da Água Branca, pesquisa intitulada " Metodologia e Manejo de Sementes de Visgueiro - Parkia pêndula", árvore nativa cujos frutos servem de base alimentar para pássaros e pequenos roedores. O Água Branca foi escolhido para o experimento, porque a temperatura da água, a ausência de poluição e a correnteza, simulam a água da chuva.

sábado, 17 de outubro de 2009

Água Branca corre perigo


A retirada de barro por empresas de construção civil nas margem do Igarapé da Água Branca está causando o assoreamento (obstrução por sedimentos areia ou barro) do manancial. afetando o ecossistema ao redor do mesmo.

Igarapé da Água Branca (17.10.2009)


O Água Branca é o último Igarapé limpo da cidade de Manaus que está sendo monitorado Online a partir de hoje na internet. Ele se localiza no Tarumã, com nascentes na área de preservação ambiental do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e sofre um sério risco de ser degradado pela expansão urbana com invasões, construção de estabelimentos comerciais e mega condomínios no seu entorno.